Jericoacoara, meca do windsurf mundial |
EPORTES NAUTICOS
Um esporte com origens nobres e até mesmo reais. Para quem não sabe, o iatismo – que num casamento mais que perfeito com o surf gerou o windsurf – tem história real. O esporte nasceu como competição no século XVII e teve como adeptos o rei Carlos II e seu irmão, o Duque de York. Eles chegaram a realizar uma prova para testar qual de seus barcos seria o mais rápido num determinado trajeto. Apesar dos barcos serem utilizados como meio de transporte dos mares e rios desde a antiguidade, foi apenas a partir desta nobre disputa que as competições tiveram início.
As tradicionais jangadas cearenses, mais uma
modalidade usual que os ventos inventou
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Já o windsurf, o filho radical do iatismo, nasceu recentemente no século XX. Quem o pratica garante que é uma modalidade supercompleta, pois possibilita a movimentação de todos os músculos do corpo, exigindo muita pericia do esportista. O Wind também une duas características bastante atraentes aos iniciantes: é mais fácil do que o surf e mais rápido que o barco a vela.
Devido à velocidade da prancha, a modalidade exige extrema precisão de seus praticantes. Qualquer deslize ou movimentação mal planejada, estando em alta velocidade, pode causar tombos alucinantes. E inesquecíveis.
A descontração fica por conta de não apresentar grandes restrições e também do visual alegre e colorido de suas velas. Para praticá-lo, é preciso, obviamente, saber nadar e, no caso dos iniciantes, usar coletes salva-vidas.
Jangadas no mar cearense |
A exigência de colete deve-se às inúmeras e instigantes manobras, que exigem bons cálculos de quem pratica. Mas calma, você não precisa ter nenhum conhecimento aprofundado em matemática ou geometria. A matemática do windsurf vai além das formulas e teoremas que aprendemos na escola. Ela envolve o corpo, seus devidos órgãos e funções e principalmente, a alma de quem está sobre a prancha.
Tanto o iatismo quanto o windsurf possibilitam o contato privilegiado com a natureza, testando as habilidades dos atletas em oceanos, rios ou represas.
Os esportes a vela tem um charme inegável, provável herança da sua origem real. Mas para ser um bom velejador não é necessário ter os pés na realeza – apesar de o iatismo ainda ser uma atividade um tanto salgada. É imprescindível, sobretudo, ter bons conhecimentos das condições do mar e do vento. Contudo, quando nos dedicamos a um esporte com paixão, podemos até, porque não, nos tornarmos reis por alguns instantes. Se esse é o seu sonho, prepare sua vela e mãos à obra.
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