sábado, 3 de maio de 2014

CANYONING #adriano paiola


O que vem a sua cabeça quando vê um bando de malucos tentando brincar de anficios e explorando território muitas vezes inexplorado, como canyons de um rio e imensas cachoeiras? Decerto que isso é coisa de maluco.

Maluquice ou não, o fato é que os praticantes de uma das mais instigantes e jovens modalidades outdoor, o canyoning, garantem que essa loucura compensa.

O canyoning consiste basicamente na descida desportiva de rios encachoeirados com a utilização de cordas e técnicas especificas derivadas do alpinismo para transpor cachoeiras altas através do rapel, em meio aquático aéreo.

Alpinismo é uma modalidade do montanhismo praticada em ambientes semelhantes aos Alpes, em rocha ou gelo. Rapel é a descida em corda com o uso ou não de aparelhos, que pode ser praticada em meio aquático ou aéreo.

A modalidade começou a ganhar notoriedade no inicio da década de 80, na Europa, a partir da evolução dos recursos e dos equipamentos utilizados nos esportes verticais – alpinismo e espeleologia (exploração de cavernas) – e também nos de águas brancas (rafting e canoagem).

A partir do cresciemto do canyoning, surgiu, paralelamente, o cascading: a pratica do rapel repetido numa mesma queda d’água. A atividade acabou atraindo um numero cada vez maior de pessoas, todas sedentas por experimentar as sensações deste esporte alternativo, que proporciona a indescritível sensação de vivenciar o mundo aprionando dos rios em garganta.

O canyoning nasceu nos Pirineus franco-espanhois há quase 30 anos e atualmente conta com 30 anos e atualmente conta com cerca de 200 praticantes no Brasil. Já no cascading, estima-se que o numero gire em torno de 2000. Apesar de relativamente pequenos estes números vem aumentando gradativamente.

Quanto às opções de locais apropriados para a prática do canyoning no Brasil, os números são bastante animadores. Há cadastradas em nosso país mais de 2500 quedas d’água, 1500 cavernas e mais de 100 corredeiras, segundo o grupo H2Omem.

Para praticá-lo é necessário levar na bagagem bons conhecimentos de natação em “’aguas brancas”- a agitação da água que forma corredeiras, na linguagem do rafting e da canoagem. As técnicas de escalada em rocha e da exploração de cavernas são fundamentas para o perfeito conhecimento dos equipamentos utilizados e suas devidas funções.

O canyoning passou a ficar conhecido a partir da imagem de esportistas que, com o auxilio das corda, desciam grandes cachoeiras usando trajes de mergulho para proteção e aquecimento do corpo.

Entre os praticantes que mais se destacam no esporte estão os europeus Alex Batllori, Jean Paul Pontroué, Patrick Gimat, Enrique Salamero e Ferando Biarge. Nos Estados Unidos, o nome mais conhecido é o de Rick Carlson.
No Brasil, os praticantes mais conhecidos são os que foram os precusores da pratica por aqui: Carlos Zaith, Nelson Barreta, Marisa Góes e Marcos Philadelphi. Atualmente, os adeptos Álvaro Barros, Fernando Santana, Hnery Lummertz e Rafael Brito se destacam como os brasileiros mais conhecidos no exterior.

Desde de 1999 o esporte vem se firmando ainda mais no país, devido à continua aproximação  de praticantes e admiradores. O Brasil começou a despertar o interesse de inúmeros canyonistas, inclusive europeus, graças à generosidade de nossa paisagem e clima.

A partir daí, o mercado começou a se abrir para o esporte. Prova disso foi o surgimento de associações e operadoras de turismo de aventura, que se encarregam de prestar serviços a quem está interessado em descobrir o que o canyoning tem de tão especial.


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