O que vem a sua cabeça quando vê um bando de malucos
tentando brincar de anficios e explorando território muitas vezes inexplorado,
como canyons de um rio e imensas cachoeiras? Decerto que isso é coisa de
maluco.
Maluquice ou não, o fato é que os praticantes de uma
das mais instigantes e jovens modalidades outdoor, o canyoning, garantem que
essa loucura compensa.
O canyoning consiste basicamente na descida desportiva
de rios encachoeirados com a utilização de cordas e técnicas especificas
derivadas do alpinismo para transpor cachoeiras altas através do rapel, em meio
aquático aéreo.
Alpinismo é uma modalidade do montanhismo praticada em
ambientes semelhantes aos Alpes, em rocha ou gelo. Rapel é a descida em corda com
o uso ou não de aparelhos, que pode ser praticada em meio aquático ou aéreo.
A modalidade começou a ganhar notoriedade no inicio da
década de 80, na Europa, a partir da evolução dos recursos e dos equipamentos
utilizados nos esportes verticais – alpinismo e espeleologia (exploração de
cavernas) – e também nos de águas brancas (rafting e canoagem).
A partir do cresciemto do canyoning, surgiu,
paralelamente, o cascading: a pratica do rapel repetido numa mesma queda
d’água. A atividade acabou atraindo um numero cada vez maior de pessoas, todas
sedentas por experimentar as sensações deste esporte alternativo, que
proporciona a indescritível sensação de vivenciar o mundo aprionando dos rios
em garganta.
O canyoning nasceu nos Pirineus franco-espanhois há
quase 30 anos e atualmente conta com 30 anos e atualmente conta com cerca de
200 praticantes no Brasil. Já no cascading, estima-se que o numero gire em
torno de 2000. Apesar de relativamente pequenos estes números vem aumentando
gradativamente.
Quanto às opções de locais apropriados para a prática
do canyoning no Brasil, os números são bastante animadores. Há cadastradas em
nosso país mais de 2500 quedas d’água, 1500 cavernas e mais de 100 corredeiras,
segundo o grupo H2Omem.
Para praticá-lo é necessário levar na bagagem bons
conhecimentos de natação em “’aguas brancas”- a agitação da água que forma
corredeiras, na linguagem do rafting e da canoagem. As técnicas de escalada em
rocha e da exploração de cavernas são fundamentas para o perfeito conhecimento
dos equipamentos utilizados e suas devidas funções.
O canyoning passou a ficar conhecido a partir da
imagem de esportistas que, com o auxilio das corda, desciam grandes cachoeiras
usando trajes de mergulho para proteção e aquecimento do corpo.
Entre os praticantes que mais se destacam no esporte
estão os europeus Alex Batllori, Jean Paul Pontroué, Patrick Gimat, Enrique
Salamero e Ferando Biarge. Nos Estados Unidos, o nome mais conhecido é o de
Rick Carlson.
No Brasil, os praticantes mais conhecidos são os que
foram os precusores da pratica por aqui: Carlos Zaith, Nelson Barreta, Marisa
Góes e Marcos Philadelphi. Atualmente, os adeptos Álvaro Barros, Fernando
Santana, Hnery Lummertz e Rafael Brito se destacam como os brasileiros mais
conhecidos no exterior.
Desde de 1999 o esporte vem se firmando ainda mais no
país, devido à continua aproximação de
praticantes e admiradores. O Brasil começou a despertar o interesse de inúmeros
canyonistas, inclusive europeus, graças à generosidade de nossa paisagem e
clima.
A partir daí, o mercado começou a se abrir para o
esporte. Prova disso foi o surgimento de associações e operadoras de turismo de
aventura, que se encarregam de prestar serviços a quem está interessado em
descobrir o que o canyoning tem de tão especial.