Alguma vez você já prestou atenção em quantos sinais o mundo te dá?? Se você respondeu não, acredito que deva se preocupar.
Há muitos anos atrás, após ter chego de meu trabalho, sentei no sofá e como era rotina comecei a assistir o Programa do Jô, o entrevistado da vez era o internacionalmente respeitadíssimo escritor brasileiro Paulo Coelho. Na entrevista, como não poderia ser diferente, ele falava do misticismo de sua vida e uma das curiosidades que me chamou a atenção, foi ele ter dito que a vida é feita de sinais e que devemos ficar atentos o tempo todo para enxergar-los e saber qual caminho devemos trilhar. Muitas vezes deixamos de prestar atenção, porém, se levar a risca os evidentes sinais que muitas vezes a vida nos dá, podemos chegar ao sucesso de nossa missão aqui na Terra. Jô Soares então se virou a ele e perguntou.
Há muitos anos atrás, após ter chego de meu trabalho, sentei no sofá e como era rotina comecei a assistir o Programa do Jô, o entrevistado da vez era o internacionalmente respeitadíssimo escritor brasileiro Paulo Coelho. Na entrevista, como não poderia ser diferente, ele falava do misticismo de sua vida e uma das curiosidades que me chamou a atenção, foi ele ter dito que a vida é feita de sinais e que devemos ficar atentos o tempo todo para enxergar-los e saber qual caminho devemos trilhar. Muitas vezes deixamos de prestar atenção, porém, se levar a risca os evidentes sinais que muitas vezes a vida nos dá, podemos chegar ao sucesso de nossa missão aqui na Terra. Jô Soares então se virou a ele e perguntou.
"O motivo do sucesso na sua carreira, você deve a estes sinais??”
Evidentemente, talvez hoje não seria um dos escritores mais lidos do mundo, caso não observasse cada sinal que Deus me dá.
Luau e a galera sempre descolada da aventura |
Após a entrevista fui dormir com estas palavras na cabeça e obviamente meu subconsciente sugou estas informações, para, quando houvesse o momento oportuno, eu recordasse com vivacidade daquela noite. Muitas vezes passei por algumas situações desapercebidas de primeiro momento, mas, com o passar do tempo - meses ou até mesmo anos - vejo que tais ocorridos não passaram por minha vida em simples insignificância, mas sim, por sinais, que no decorrer do tempo, se encaixam uns aos outros e mostra o que as forças superiores estão tentando nos dizer. Na maior parte das vezes são detalhes pequenos, mas tão mínimos, que jamais vamos associar o simples fato, por exemplo, de comprar um caderno, a um sinal, pois foi exatamente o que ocorreu comigo.
Em 2004 ao me matricular no curso de jornalismo, entrei em uma loja para comprar um caderno e encontrei na prateleira alguns fichários, um deles me chamou a atenção e fez com que eu o pegasse para dar uma olhada. Ele era todo em alto relevo, havia uma pegada de tênis sobre a lama e remetia à viagens, aventuras, emoções; na superfície, uma frase escrita, Spirit of Adventure e atrás, vários elásticos parecidos com cordas. Meus olhos naquele momento brilharam, me vi ali em uma expedição com breaks em lugares paradisíacos fazendo acampamento com boas gargalhadas, rodeado de pessoas legais, bom vinho, fogueira ao centro e no violão, uma boa música para acompanhar o momento.
Makaha, bar que iniciou a temporada bares dançantes na região
de Osasco com a então "novidade" o black music (2001)
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Eu, que já havia tido a excepcional experiencia de viver por cinco meses cortando as várias trilhas da Ilha Grande de Angra dos Reis; que já havia tido um bar noturno onde os esportes náuticos de aventura era o tema da casa que bombou nos anos de 01 e 02 com o melhor do jazz and soul; eu que tenho o “spirit of adventure” correndo em minhas veias com doses altíssimas de adrenalina, não pensei duas vezes, me identifiquei no ato com aquele fichário e comprei. Na volta pra casa, um filme passou em minha cabeça e me levou direto ao futuro; me via na atividade de trabalho produzindo diversos materiais bacanas que pudesse externar essa vibe legal que eu sentia.
Após eu ter iniciado a faculdade, nunca esperei que um dia meu imaginário iria tomar forma, para mim estes pensamentos não passavam de besteiras, minha realidade era muito diferente, eu trabalhava junto de meu pai em meio a politica - um trabalho gostoso, porém, distante desta realidade. Em 2007, após ter voltado de uma alucinante viagem da Europa, fiquei desempregado e passei muitos perrengues, afinal, ainda pagava meus estudos, um dia, ao ir à academia, peguei uma revista para ler e novamente me identifiquei com o que tinha nas mãos. Era uma revista de esportes e turismo de aventura e o editorial era todo voltado para um lifestile de quem é apaixonado pela vida outside. Seria um sinal?? Obviamente que sim.
Itararé - São Paulo |
Ao chegar em casa uma curiosidade aconteceu, minha mãe se virou à mim e disse que havia tido uma intuição: eu arrumaria emprego naquela noite; coincidência demais, afinal entrei determinado a sentar de frente ao computador e enviar meu currículo para todos e-mails que via, não apenas da revista que havia me dado tal ideia, mas para várias outras. Particularmente torci muito para ser chamado, não pelas outras revistas, mas sim, por ela, afinal era pequena e provavelmente com mais chances de contratar um estudante sem muita experiencia e disposto a pagar alguns micos. Dois dias depois, recebo um e-mail com o nome de Patricia Juliazs que me convidava à comparecer na editora que produzia a revista para uma entrevista. Na conversa, Patricia me propôs trabalhar na área comercial, mas, como sabia meu objetivo, abriria espaço para eu escrever.
Duas semanas depois de iniciado o novo trabalho, houve uma corrida de aventura no interior de São Paulo na qual fui convidado a produzir um texto, ao chegar, uma galera de olhar atento e concentrado trocava várias idéias ao discutir estratégias; eram os atletas, equipes de apoio e jornalistas, ansiosos fazendo o planejamento da prova que ocorreria no dia seguinte. Dado o início da competição, começa o duelo, muitos perrengues no decorrer do dia para a cobertura do evento estão por vir, mas o melhor nos aguarda com a chegada da noite; a lua, que estava cheia, refletia seu brilho na corredeira do rio que fazia um ruido estrondoso no atrito das águas junto as pedras; exausto, sentei no chão para descansar e meu rosto foi iluminado por uma luz vermelha, ela vinha da fogueira acesa ao centro de uma roda de violão que reunia a galera do staff, nela, ouvia-se uma melodia e várias gargalhadas sob o paladar de um bom malbec argentino. Iniciava-se ali a paixão pela carreira que escolhi.
Amanhecer em Itararé - São Paulo |
Acreditar que temos uma missão a cumprir, saber qual é, e ficar atento em cada sinal que a vida nos dá, é o dom que temos o costume de chamar de talento.
Hoje componho a equipe da revista de turismo mais conceituada do mundo, a Lonely Planet.
Enjoy!!!
texto: adriano paiola
texto: adriano paiola
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